Educação Financeira
28 de janeiro de 2025

Geração Z mantém vivo o sonho da casa própria

 

Planejamento e alternativas de mercado podem ajudar na aquisição do imóvel

A aquisição da casa própria é um sonho presente entre os jovens da geração Z, formada por indivíduos de 21 a 27 anos. Segundo levantamento da Brain Inteligência Estratégica, 52% dos integrantes dessa geração querem comprar um imóvel nos próximos dois anos, igualando-se à Geração Y, composta por consumidores entre 28 e 43 anos.

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip), para sair da casa dos pais e alugar um imóvel, esse público enfrenta dificuldades como a baixa renda, a falta de acesso ao crédito e os preços acima da inflação. Mas, apesar disso, a geração Z está disposta a enfrentar obstáculos financeiros em busca de estabilidade e segurança. 

Além disso, os jovens se mostram mais criteriosos em suas decisões de compra. Para o CEO da Brain, Fábio Tadeu Araújo, este comportamento está relacionado ao tempo que esperam viver no imóvel. Ele compara a decisão como um casamento, tendo em vista que a maioria dos jovens imagina que deve permanecer, pelo menos, 15 anos nele.

A pesquisa indica, ainda, que o tipo de imóvel mais desejado por essa geração é o apartamento, citado por 49% dos entrevistados. Já a casa em rua é a preferência de 35%, enquanto 12% gostariam de uma casa em condomínio fechado.

Alternativas para economizar

Independente do tipo de imóvel escolhido, uma forma de driblar os altos preços do mercado convencional é recorrer às alternativas mais acessíveis de aquisição, como os leilões de imóveis. De acordo com dados da Jusbrasil, os imóveis adquiridos nessa modalidade podem ter preços entre 40% e 60% inferiores aos praticados no mercado tradicional.

Os leilões ocorrem tanto de forma presencial, quanto on-line, facilitando o acesso de compradores em diferentes regiões do país. A possibilidade de participar remotamente  também amplia o leque de opções para a geração Z, familiarizada com o ambiente digital. 

Segundo a Brain, 72% dos jovens entrevistados afirmam buscar avaliações de imóveis encontradas na internet. Quem está em São Paulo, por exemplo, pode buscar por “leilão de imóveis SP” em plataformas especializadas e encontrar uma variedade de propriedades.

Outra alternativa para economizar é procurar por imóveis na planta. De acordo com informações do mercado imobiliário, os apartamentos adquiridos nessa fase tendem a valorizar entre 15% e 40% apenas durante o período de construção.


Para Araújo, visitar os estandes de vendas é uma estratégia extra para evitar problemas na compra do imóvel. Como a localização é um dos fatores relevantes na decisão, conhecer o local permite avaliar como seria o dia a dia na região.

Realizar um financiamento também é uma opção para tornar a aquisição mais acessível, mas é preciso analisar as linhas de crédito, as condições de prazo e pagamento, além das taxas de juros. A Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) enfatiza a importância de comparar os juros cobrados por diferentes instituições financeiras, que podem variar de 2,9% a 10%. 

A concessão de crédito no Brasil cresceu nos últimos anos, conforme aponta a Abecip. Entre 2019 e 2023, os financiamentos imobiliários quase dobraram, com um aumento de 93%, alcançando um recorde de R$ 251 bilhões, provenientes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 

Planejamento para uma compra segura

Antes de qualquer decisão referente à compra de um imóvel, a Abefin destaca a importância de um planejamento financeiro adequado. Organizar previamente as finanças ajuda a entender a capacidade de compra e a definir quanto pode ser destinado à entrada e às parcelas mensais de um financiamento ou à compra à vista.

Também é importante analisar outras possíveis despesas, como valores de reformas ou documentações. Se o imóvel estiver localizado em um condomínio, suas taxas também devem ser consideradas. A Abefin sugere mapear os custos de vida da região, incluindo gastos relacionados à água, gás e IPTU.

Além disso, é recomendado estabelecer os principais critérios a serem considerados na avaliação do imóvel, como o número de cômodos, o tamanho desejado, a localização e as condições de conservação para evitar transtornos durante o processo de aquisição.

Fonte: Assessoria de Imprensa

VEJA TAMBÉM