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13 de novembro de 2023

Previdência privada recebe maior captação e pode ser alternativa de aposentadoria

 

Em meio ao envelhecimento da população mundial e os desafios para a aposentadoria no Brasil, cada vez mais pessoas recorrem aos planos privados.

A população idosa mundial irá aumentar nos próximos anos. A expectativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que uma em cada seis pessoas tenha mais de 60 anos em 2030. O total de idosos deverá ultrapassar 2 bilhões em 2050. As projeções são acompanhadas do questionamento sobre como tem sido envelhecer na sociedade.

De acordo com a OMS, o período entre 2021 e 2030 é chamado de década do envelhecimento saudável. O conceito propõe a saúde física, mental e financeira como capazes de promover independência e qualidade de vida.

No entanto, no Brasil, o envelhecimento ainda é associado às incertezas sobre o futuro, como revelam diferentes estudos. O país foi apontado como o segundo pior do mundo para se aposentar, atrás apenas da Índia, de acordo com o Índice Anual de Aposentadoria Global da consultoria de investimentos Natixis, publicado em 2022.

O levantamento avaliou aspectos de saúde, economia e qualidade de vida de 44 países. O Brasil ficou na 43ª posição. Noruega, Suíça, Islândia, Irlanda e Austrália foram, nesta ordem, os cinco mais bem colocados no ranking.

Principais preocupações

Outro estudo, feito pela Nielsen, identificou que enfrentar problemas de saúde e dificuldades financeiras está entre as principais preocupações dos brasileiros quando o assunto é envelhecer. De acordo com a pesquisa, mais da metade dos entrevistados (53%) teme não conseguir arcar com despesas médicas no futuro. Para 50%, também há a apreensão de não ter uma vida confortável na terceira idade.

Apesar de as preocupações com o futuro permearem o pensamento dos brasileiros, 81% dos entrevistados se sentem mais preparados financeiramente do que seus pais para o momento da aposentadoria.

Mais de 11 milhões investem em previdência privada

Diante dos desafios apresentados pelo cenário nacional, cada vez mais brasileiros têm se preparado financeiramente para conquistar independência e tranquilidade no futuro. O crescimento dos investimentos em previdência privada refletem essa realidade.

Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), cerca de 11 milhões de brasileiros possuem algum tipo de plano. Só em 2022, a captação de recursos chegou a R$ 156 bilhões, valor 11% maior do que o total obtido no ano anterior.

Entre os planos contratados, 61% são Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), 21% são Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e 18% são tradicionais de risco.

Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin), Reinaldo Domingos, construir a independência financeira para o futuro é fundamental. Ele destaca que os aposentados que recebem apenas o benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não conseguem manter uma vida sustentável e com qualidade no momento em que mais precisam.

Por isso, o especialista defende o início de um planejamento financeiro quanto antes, para a criação de uma previdência complementar que permita ao aposentado viver a aposentadoria com dignidade e tranquilidade.

Como funciona o investimento

A previdência privada é um investimento de longo prazo, no qual são realizados aportes mensais até a data do resgate. O valor a ser pago é calculado com base no período de investimento e no montante que será resgatado.

Os planos são oferecidos por bancos, corretoras de investimentos e seguradoras. Mas antes de escolher, a orientação da Abefin é avaliar as cobranças de taxas, as tributações e as diferenças entre os tipos de produto ofertados pelas instituições financeiras.

Há planos de previdência privada que são fechados para um grupo específico, como trabalhadores de uma empresa. Já outros são abertos, como é o caso dos modelos VGBL e PGBL, que reservam diferenças entre si sobre a cobrança do imposto de renda. De modo geral, os aportes do plano de previdência privada são direcionados para um fundo de investimento que reúne aplicações em renda fixa e em renda variável.

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